quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Estilista queridinha do mundo fashion cria diversas versões de um único modelo de bolsa

Até três anos atrás, Delphine Delafon costumava sair com a chave de casa, o cartão de crédito e o maço de cigarro guardados nos bolsos de suas roupas.

 Com um estilo prático, a designer franco-americana nunca entendeu muito bem as meninas que circulam por aí com o mundo nas costas, ou melhor, a tiracolo. E como não conseguia achar em nenhuma loja uma bolsa que a agradasse, decidiu criar, ela mesma, a sua.

- Tinha que ser pequena e no modelo saco para combinar comigo. Logo minhas amigas começaram a perguntar se eu podia fazer para elas também. E de repente, depois de algumas semanas, pessoas que eu nem conhecia estavam batendo na minha porta, fazendo pedidos personalizados - lembra.
 
Nessa época, a estilista ainda tinha sua cozinha como ambiente para as criações

. E em tempos de it-bags, nos quais modelos idênticos são feitos em larga escala, cobiçados por seu símbolo de status e exibidos como troféus pelas mocinhas da high society, a ideia poderia parecer um tanto arriscada. Mas deu certo.

Hoje em dia, ela atende com horário marcado em um ateliê na Rue du Faubourg Poissonnière, em Paris. Entre um cafezinho e outro, mostra às clientes todas as possiblidades de materiais, correntes e tecidos para fabricar uma peça totalmente exclusiva. As mais pedidas são as com detalhes de tachinhas, franjas e estampas de leopardo.

Suas inspirações, geralmente, surgem dessas conversas. Mas também de uma coleção de livros de fotografia, como os de Helmut Newton. O trabalho artesanal demora de quatro a seis semanas para ficar pronto.

- Essa é provavelmente a maior dificuldade que enfrento. Comparada a todas as marcas que tem um savoir-faire de mais de 30 anos, eu sou apenas uma simples designer - diz Delphine, com a modéstia de quem nem parece já ter tido suas bolsas estampadas em páginas de revistas internacionais como “Vogue”, “Harper's Bazaar”, “Elle” e “CR Fashion Book”.

Com o sucesso da marca, que leva seu nome, ela achou que era hora de expandir os negócios. E recentemente está se dedicando a uma linha de roupas, partindo do mesmo propósito: fazer de única peça, infinitas formas de customização. O projeto vem para realizar um desejo antigo.

Fonte:globo